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quarta-feira, 27 de junho de 2012

O fundo do mar

Criaturas bizarras, seres fluorescentes, imensas depressões e sistemas biológicos ainda não conhecidos. O fundo do mar permanece até hoje um mistério para a humanidade. Enquanto o espaço ainda é considerado uma das últimas fronteiras a ser explorada pelo homem, a verdade é que ainda há muito a se conhecer aqui mesmo na terra – ou melhor, na água.
Hoje, sabe-se mais sobre a geografia da superfície da lua e de Marte do que sobre o leito dos oceanos. Apesar de aproximadamente 70% do planeta ser coberto por mares e oceanos, apenas 5% já foi mapeado detalhadamente.

Os mares e oceanos abrigam quatro quintos de toda a vida no planeta. A diversidade é tanta que, a cada mergulho, cientistas descobrem novas espécies. As estimativas atuais do número de espécies a serem descobertas variam entre dez e trinta milhões, podendo exceder a da Floresta Amazônica e da Grande Barreira de Corais (situada junto à costa nordeste da Austrália) juntas.

A geografia do leito dos oceanos também é surpreendente. Debaixo d’água existem montanhas mais altas que o Himalaia, cachoeiras maiores do que as Cataratas do Niágara e mais vulcões ativos do que qualquer outro lugar no planeta. Para se ter uma idéia, o Mid-Ocean Ridge (Cordilheira do Meio-Oceano, uma cadeia de montanhas que corta os grandes mares), têm mais de 60 mil quilômetros de extensão e uma altura média de três mil metros, sendo maior que a Cordilheira dos Andes (a maior cordilheira do mundo, com 7.500 quilômetros de extensão).

E existem grandes picos também, como a montanha submersa existente entre Samoa e Nova Zelândia, que possui nove mil metros de altitude – superando o maior pico terrestre, o Monte Everest, que está localizado entre o Tibete e o Nepal e possui altitude de 8.844 metros.

Se os mares ainda são pouco conhecidos, o oceano profundo – que ocupa 85% dos mares e está imerso na escuridão – é um dos maiores e mais desconhecidos habitats do planeta. Mergulhadores profissionais só conseguem chegar a 200 metros de profundidade.

Robôs especiais chegam até seis mil metros. Porém, algumas áreas de águas profundas chegam a mais de sete mil metros. A maior profundidade conhecida no fundo do mar é a Fossa das Marianas, localizada no Oceano Pacífico, e que possui 10.911 metros de profundidade.

Dificuldades

Apesar de tanto avanço científico e tecnológico, ainda se sabe pouco – muito pouco – sobre os oceanos, e especialmente sobre as águas profundas. Isso se deve a uma série de dificuldade que devem ser vencidas para conseguir se explorar esse território submerso. Uma das maiores delas é a grande pressão existente debaixo d’água – uma pressão que aumenta com a profundidade.

No fundo do mar, a pressão da água equivale a um peso de cem toneladas. Uma bola de tênis levada a essa profundidade seria comprimida até ficar 10 vezes maior. A 2.000 metros, a esmagadora pressão da água pode arrebentar um cilindro de mergulho. Poucas criaturas conseguem sobreviver neste ambiente.

Outra barreira é a falta de luz. A luz do sol pode penetrar na água até uma profundidade de aproximadamente 30 metros. Assim, o fundo do mar é totalmente escuro, com visibilidade zero. Isso também faz com que as profundezas marinhas sejam extremamente frias, com temperaturas entre 0oC e 4oC.

Além disso, a geografia do leito dos mares também é um problema. Por não ser conhecida em detalhes e com precisão, é difícil se localizar e se locomover, pois grandes depressões, montanhas e até mesmo vulcões podem estar no caminho.



William Shakespeare
Entre o céu e a terra existem tantas mil coisas que vossa vã filosofia não é capaz de imaginar, eu completo entre a terra e o mar existem mil coisas que não somos capazes de imaginar.
Mas graças a Revolução Tecnológica ano a ano, vemos o homem sendo capaz de fazer feitos que deixarião Platão, Sócrates e tão bons pensadores de queixos caidos.
No fundo do mar, a pressão da água equivale a um peso de cem toneladas. Uma bola de tênis levada a essa profundidade seria 

comprimida até ficar 10 vezes maior
A 2.000 metros, a esmagadora pressão
da água pode arrebentar um cilindro de mergulho. 
Poucas criaturas conseguem sobreviver neste ambiente.

Outra barreira é a falta de luz. A luz do sol pode penetrar na água até uma profundidade de aproximadamente 30 metros. Assim, o fundo do mar é totalmente escuro, com visibilidade zero. Isso também faz com que as profundezas marinhas sejam extremamente frias, com temperaturas entre 0oC e 4oC.

Além disso, a geografia do leito dos mares também é um problema. Por não ser conhecida em detalhes e com precisão, é difícil se localizar e se locomover, pois grandes depressões, montanhas e até mesmo vulcões podem estar no caminho.

Robôs especiais chegam até seis mil metros. Porém, algumas áreas de águas profundas chegam a mais de sete mil metros. A maior profundidade conhecida no fundo do mar é a Fossa das Marianas, localizada no Oceano Pacífico, e que possui 10.911 metros de profundidade
A raia 
 

A raia é um peixe bentónico que habita fundos arenosos. O mar remansoso de Inverno, quando já a mudança do

Equinócio se prolonga, provoca o surgimento perto da costa de algumas espécies comuns de raias que geralmente a

maior parte do ano se refugiam em águas mais profundas e que não estão ao alcance de um pescador de costa.

ESPÉCIES MAIS COMUNS

Raia Pontuada/raia comum ( Raja Brachyura) : Frequente nas nossas águas, pode atingir profundidades até aos 100

metros. Tem um tamanho médio de 80 a 90 cm e um máximo de 120 cm. Possui uma pele grossa, áspera, de

coloração castanha avermelhada e na parte inferior uma coloração rosada esbranquiçada. Desova entre Fevereiro e Agosto

e a eclosão da larva completa-se num período de 7 meses. Daí a designação de as raias neste período serem

avermelhadas ou “menstruadas” na gíria popular, pelo que não se devem comer nesta altura do ano. Nos

exemplares jovens há-de reparar que a parte inferior de uma raia se assemelha á cara de uma criança. Há

pescadores na zona do Mediterrâneo que as secam e empalam em estacas para procurar assustar quem passa….

Raia–lenga (Raja clavata): Esta espécie também chamada raia de espinhos, é a raia mais comum das águas

Europeias. É um membro da família dos raiídeos que vive no fundo do mar a profundidades de 10 a 60 metros e que deve

o seu nome aos numerosos espinhos que possui na cauda, dorso e barbatanas peitorais. Os exemplares mais jovens

vivem em águas superficiais e alimentam-se de pequenos crustáceos. Á medida que vão crescendo, deslocam-se para

águas mais profundas e começam a alimentar-se de presas maiores, tais como caranguejos e peixe. Crescem até aos

18 kg. A cor da raia–lenga é muito variável, mas a maior parte dos exemplares são castanhos mosqueados. A

sua presença na costa Portuguesa é ocasional. Raia manchada (Raja montagui): Tal como a raia-lenga, a manchada é

um membro europeu da família dos raídeos. Vive em águas mais profunda do que a sua congénere, preferindo os 60 a

120 metros, e é um peixe mais pequeno com um peso máximo que ronda os 3,8 kg. Tem um tamanho máximo de 80

cm e a sua dieta alimentar consiste sobretudo em crustáceos mas também come peixe-miúdo. É uma espécie

frequente das nossas águas. Raia de dois olhos ( Raja naevus): Uma das raias mais facilmente identificáveis, de cor

amarelada apresenta uma mancha redonda em cada asa dando a semelhança de serem dois olhos. Habita

profundidades desde os 30 a 150 m. Um peso médio que ronda as 900gr ao 1,800 kg. Frequente nas nossas águas

alimenta-se de pequenos crustáceos, minhocas e pequenos peixes

DISTRIBUIÇÃO

O mar remansoso de Inverno, quando já a mudança do Equinócio se prolonga, provoca o surgimento perto da costa de

algumas espécies comuns de raias que geralmente a maior parte do ano se refugiam em águas mais profundas e que

não estão ao alcance de um pescador de costa.

ALIMENTAÇÃO

Crustáceos, pequenos peixes, lulas etc.


REPRODUÇÃO

Durante os meses de Outubro, Novembro e Dezembro começa a dança nupcial de enormes cardumes que se juntam em

zonas dunares onde existam praias abertas com poços fundos O seu acasalamento e eclosão dos ovos pode variar de

espécie para espécie, mas podemos afirmar que é durante os meses de Dezembro até Maio e durante a primavera,

que as “bolsas de sereia”, designação dada aos ovos das raias eclodem. Estas bolsas são cápsulas

oblongas com os chifres apontados duros nos cantos e depositados em planos arenosos ou enlameados. Cerca de

80/154 ovos são colocados por um indivíduo num ano.

O Leão Marinho

Os leões-marinhos, também conhecidos por focas-orelhudas, são mamíferos carnívoros habitantes das costas rochosas, frequentemente confundidos com as focas.
Fazem parte da família dos otarídeos, a qual forma conjuntamente com a dos focídeos (focas) e dos odobenídeos (morsas) a ordem dos pinípedes, alimentando-se principalmente de peixes, crustáceos e moluscos.


Todos os representantes destas 3 famílias têm em comum o facto de abandonarem o mar apenas para a reprodução e mudança da pelagem. O virem a terra garante os acasalamentos que, de outro modo, estariam dependentes de encontros ocasionais no mar.
A família Otariidae compreende seis espécies de leões-marinhos, designação porque também são conhecidos devido à força da sua voz e à juba, relativamente espessa, exibida pelos machos. O leão-marinho de Steller, do Pacífico Setentrional, e que se encontra desde o Estreito de Bering até às costas ocidentais dos Estados Unidos da América e do Japão, é o mais corpulento de todos, chegando a medir seis metros e a pesar 3 toneladas.
A Octária do Árctico reúne-se em grupos de dois a três milhões de indivíduos - as maiores manadas de mamíferos existentes - na sua principal região, as Pribilof, no Pacífico Norte.
Para procriarem dirigem-se a ilhas onde não existem predadores. Os machos dominantes demarcam o seu território em princípios de Junho. As fêmeas chegam em meados do mesmo mês, nascendo as crias um ou dois dias depois. Os acasalamentos processam-se uma semana após os nascimentos, durando cerca de dois meses, período em que os machos não se alimentam e pouco dormem, lutando contra os seus opositores para estabelecerem e manterem os seus territórios. A gestação dura aproximadamente um ano (365 dias). No final desse período nasce uma única cria, que é amamentada até fazer um ano, e que se torna passados dois meses numa exímia nadadora. Logo a seguir ao parto a mãe dirige-se para o mar, regressando três vezes por dia para amamentar o bebé. Nas costas ocidental e oriental da América do Sul encontra-se o lobo-marinho (Otária byronia), uma das espécies mais conhecidas dos jardins zoológicos, parques aquáticos e circos, dada a facilidade com que se domestica e aprende a efectuar exercícios e acrobacias. A pele desta espécie é lisa e sem pêlo, de um tom chocolate - um pouco pardo - ficando quase preta quando o animal se molha. À medida que envelhece a parte superior da cabeça fica mais clara.
Todos têm os membros espalmados e adaptados à natação - estão transformados em barbatanas. Mas as extremidades posteriores podem mexer-se para a frente, como as de um mamífero terrestre, o que lhes favorece bastante a marcha.
O homem é o seu principal predador. Os otarídeos têm sido perseguidos pela espécie humana ao longo dos séculos. Actualmente a sua caça, permitida dentro de certos condicionalismos, possibilita ao homem uma fonte de peles, carne e gordura, de que depende a sobrevivência de muitas famílias. Face a leis protectoras, a população da maioria das espécies vai-se mantendo estabilizada.








Os segredos e mistérios do oceano profundo





Quando você se senta na areia de uma praia olhando o mar, é difícil imaginar o quão profundo ele realmente é.

Além das águas iluminadas da superfície, através de zonas deficientes de oxigênio quase desprovidas de vida, e mais para baixo, para baixo e para baixo um pouco mais, em um lugar onde a pressão esmagaria um ser humano, você vai encontrar o mundo misterioso do oceano profundo.

O fundo do mar tem 300 vezes o tamanho do espaço habitado por espécies de terra. É de um frio inimaginável e envolto em escuridão quase total. No entanto, a escuridão está viva, cheia de exércitos incalculáveis de criaturas fantásticas.

Algumas são ridiculamente grandes, algumas têm corpos cintilantes, outras ainda são mais assustadoras do que os bichos papões debaixo de sua cama.

Apesar do fato de que este mundo alienígena é relativamente acessível em comparação com outros planetas mesmo em nosso próprio sistema solar, as profundezas do oceano permanecem praticamente inexploradas – a fronteira final do nosso planeta.

Embora o mar profundo – aproximadamente definido como tudo abaixo de 200 metros – compreenda um impressionante 1 bilhão de quilômetros cúbicos e mais de 90% do espaço de vida no planeta, os cientistas ainda estão tentando responder às perguntas mais básicas sobre ele.

“Nós sabemos tão pouco sobre o mar profundo que não sabemos o que nós não sabemos. Muitas coisas ainda estão sendo descobertas por acaso”, disse Michael Vecchione, biólogo e uma das poucas pessoas que realmente estiveram lá.

Mas o mar fundo está ganhando mais atenção agora, graças ao interesse de várias partes bem financiadas e países.

Em 2003, Vecchione desceu a bordo de um submarino russo à Zona da Fratura de Charlie Gibbs, um corte no fundo do mar atlântico, que tem 4.500 metros no seu mais profundo pico.



Para colocar isso em contexto, a profundidade média do oceano é 4.000 metros, a altura de muitos picos nas Montanhas Rochosas e nos Alpes.

Vecchione e outros cientistas que estudam o mar profundo dizem que um dos seus maiores desafios é tentar descobrir exatamente o que vive lá em baixo.

Embora o Censo da Vida Marinha, um estudo internacional, tenha descoberto mais de 1.200 novas espécies (excluindo os micróbios) nos oceanos do planeta, o estudo também mostrou o quanto os seres humanos ainda tem que aprender sobre o fundo do oceano.

“Deve haver muitos animais, possivelmente grandes, lá embaixo que ainda não conhecemos”, disse Edith Widder, cientista que estuda o oceano.

Ao longo das últimas décadas, os cientistas encontraram criaturas enormes e bizarras habitando as profundezas, como o tubarão boca grande, que cresce até 5 metros de comprimento. Muitas delas só foram vistas quando descobertas na década de 1970.



“Quando elas foram descobertas, foi uma completa surpresa – ninguém sabia que existiam”, disse Vecchione. “Nos últimos 10 anos, duas espécies de lulas de grande porte foram encontradas, e há outras coisas grandes no fundo do mar que já vislumbramos, mas nunca pegamos, então não sabemos o que vamos descobrir”.

Ambos Vecchione e Widder estudam a biologia das águas abertas do oceano profundo, conhecida pelos pesquisadores como a coluna de água – uma região ainda menos explorada do que o fundo do oceano, e cujos habitantes são mais difíceis de encontrar.

“No fundo do mar, algumas criaturas se movem, mas não muito rápido, e muitas ficam apenas paradas em um só lugar”, disse Vecchione. “Mas na coluna de água, as coisas se movem ao redor, e rápido”.

Widder disse que essas criaturas podem fugir da rede de um pesquisador. Até o desenvolvimento relativamente recente de submersíveis tripulados e robôs operados remotamente, as redes eram uma das poucas ferramentas disponíveis para explorar a vida na escuridão das profundezas.



E aquelas redes perderam mais do que apenas animais rápidos em movimento como lulas. Elas perderam toda uma classe de criaturas que parecem ser uma das formas de vida mais dominantes do fundo do mar, uma descoberta que o cientista Bruce
Robison chamou de “uma das maiores descobertas que fizemos nos últimos 10 anos”.

“Só quando começamos a descer lá que percebemos, ‘Meu Deus! Há um número surpreendente de animais gelatinosos aqui embaixo’”, disse Robison.

O oceano profundo é um universo estranho de águas-vivas e seus parentes, às vezes formando cadeias de muitos metros de comprimento, muitas vezes iluminadas por bioluminescência. Esses animais são responsáveis por 25% da biomassa na profundidade.

“Talvez mais”, afirma Robison. “Mas nós não sabíamos disso, porque se você arrastar uma rede através de águas profundas, qualquer um destes animais gelatinosos são triturados ou passam através dela”.

Robison disse que, além de descobrir o que vive lá em baixo, os cientistas também estão tentando descobrir como as coisas vivem lá em baixo – como os nutrientes movem-se da superfície para baixo em um vasto sistema sem muito alcance do sol.

Muito pouca luz solar penetra além de cerca de 200 metros de profundidade. Abaixo cerca de 1.000 metros, é totalmente escuro.



“Nós não sabemos como eles comem”, disse Robison. “Nós não sabemos como ocorrem transferências de material orgânico”.
Para sobreviver e se comunicar no crepúsculo perpétuo do fundo do mar – seja para encontrar alimento, encontrar um companheiro, ou afastar um atacante – muitos dos habitantes produzem sua própria luz.

A bioluminescência é a especialidade de Edith Widder, e ela diz que os cientistas estão apenas começando a entender o que ela chama de “essa linguagem de luz”.

Dado o grande volume de águas profundas, Widder diz que uma grande proporção dos animais em nosso planeta são bioluminescentes, e ainda pouco se sabe sobre as suas inúmeras formas de criar luz.

Widder conta que se sente muito feliz por ter testemunhado os shows espetaculares subaquáticos por si mesma. “É mágico”, disse ela. “É coisa de Harry Potter ter essas explosões de luz ao seu redor. É absolutamente de tirar o fôlego e, claro, quanto mais você sabe sobre isso, mais emocionante é – você pode reconhecer os animais pela sua exibição”, explica.

Muitos cientistas também estão olhando para o mar profundo para tentar resolver algumas grandes questões sobre o papel que ele desempenha no clima da Terra.



“Os oceanos estão absorvendo uma enorme quantidade de calor que resulta do aquecimento global. Temos uma ideia muito boa do quanto a parte superior do oceano está aquecendo, mas não sabemos nada sobre o oceano profundo”, disse o oceanógrafo Gregory Johnson.

Descobrir como as mudanças de temperatura se movem através do oceano profundo tem implicações para os moradores do oceano e os moradores da terra também.

Cientistas dependem de navios e, em certa medida, uma rede crescente, mas ainda relativamente pequena de boias oceânicas para fazer as medições das condições do oceano profundo – desde temperatura e salinidade até química da água.

Como os biólogos, os oceanógrafos e cientistas do clima não têm acesso a muito do que eles estão tentando estudar. “Estamos observacionalmente limitados agora”, disse Johnson.



Uma questão fundamental que cientistas de várias disciplinas se preocupam é: como o que fazemos aqui afeta os oceanos profundos, e como os oceanos profundos afetam as coisas aqui em cima?

“Em muitas maneiras, o oceano profundo é como o volante do motor do planeta. Domina o fluxo de carbono orgânico na Terra”, disse Robison. “Mas se nós começarmos a adulterá-lo, e claramente começamos, então podemos ver algumas mudanças muito grandes na parte do planeta onde vivemos”.

Cindy Lee Van Dover, uma cientista marinha, afirma que o ciclo de carbono feito pelos animais que vivem nas profundezas dos oceanos é de grande importância. Ele afeta a química do abismo, que afeta os oceanos em geral, que afeta a atmosfera – e vice-versa.

Mas, neste momento, os cientistas ainda estão apenas tentando descobrir o que está nesse fundo do mar.

Mais humanos, 12 ao todo, já caminharam na lua do que viajaram para as partes mais profundas do nosso próprio planeta. Apenas duas pessoas já visitaram o local mais profundo da Terra, a Fossa das Marianas, que fica a 11.030 metros abaixo da superfície do Oceano Pacífico ocidental.

A MORSA

As morsas vivem em grupos, por vezes com milhares de elementos do mesmo sexo, em águas muito frias do hemisfério norte. Podem medir mais de dois metros e pesar até 1700 quilos. Destacam-se os seus afiados dentes caninos, o seu focinho eriçado de bigodes e a sua pele rugosa. Embora as presas sejam utilizadas para subir para terra, a sua função principal é desenterrar moluscos do fundo do mar. O tamanho das suas presas de marfim só é superado pelos dentes dos elefantes. Os machos têm de cada lado da cabeça uma bolsa insuflável, que utilizam como flutuador para manterem a cabeça fora de água enquanto dormem, e para produzir um som semelhante ao de uma campaínha.

As baleias primitivas teriam adoptado a vida aquática há cerca de 50 milhões de anos. Bastante mais tarde - talvez há 25 milhões de anos, sendo este número apenas uma conjectura - outros mamíferos carnívoros primitivos seguiram-lhes o exemplo. Estes seriam os mamíferos pinípedes: focas, leõs-marinhos, otárias e morsas. Tal como as baleias, os pinípedes sofreram modificações consideráveis para a adaptação à vida aquática. Os ossos dos membros tornaram-se muito reduzidos, de modo que apenas as patas sobressaem do corpo. Uma membrana liga os dedos, como numa barbatana. As narinas, situadas no alto da cabeça, permitindo que o animal respire estando a maior parte do corpo imerso, mantêm-se quase sempre fechadas, mas são providas de músculos especiais que as abrem quando o animal quer respirar. A superfície frontal dos olhos é plana, a forma mais adequada para debaixo de água produzir imagens bem focadas. Para conservarem o calor do corpo os pinípedes passaram a apresentar, sob a pele, uma espessa camada de gordura. Estes animais apresentam ainda outras modificações que lhes permitem mergulhar e suster a respiração por longos períodos. O volume de sangue do seu corpo é, proporcionalmente ao tamanho, muito superior ao de qualquer mamífero terrestre e, por esse motivo, conseguem armazenar grandes quantidades de oxigénio. Além disso, quando mergulham, contraem alguns vazos sanguíneos mais importantes para que a circulação do sangue arterial fique consideravelmente limitada ao coração e ao cérebro. Simultaneamente as pulsações descem de cerca de 100 por minuto para aproximadamente 10. Assim o animal consegue manter oxigenados os órgãos principais em prejuízo do resto do corpo.
A adaptação dos pinípedes não é, no entanto, tão perfeita como a das baleias, pois aqueles animais não desenvolveram ainda uma maneira de se reproduzirem no mar e têm de se dirigir às praias para dar à luz. O tempo que passam em terra é um tempo muito difícil, pois não só estão expostos aos ataques dos animais terrestres, como não encontram ali o alimento apropriado. Por isso é de toda a conveniência que as crias se desenvolvam em pouco tempo e se tornem independentes o mais rapidamente possível.
As morsas reunem-se em praias durante a época da reprodução e nalgumas ilhotas do mar de Bering formam manadas de mais de 3000 indivíduos.
Existem dois grupos de pinípedes bem distintos que descendem sem dúvida de antepassados pertencendo a grupos de carnívoros diferentes. Com efeito os leõs marinhos, as otárias e as morsas, todos dotados de orelhas, teriam evoluido a partir de animais semelhantes ao urso. O segundo grupo, o das focas, que abrange mais de duas dúzias de espécies todas dedsprovidas de orelhas, teria evoluído de antepassados semelhantes a lontras.
bizarros 


 animais bizarros de altas profundidades. Este tipo de post demora para sair porque me dá um trabalho desgraçado de procurar os bichos bizarros dos confins do oceano para mostrar a vocês. Então espero que curtam. (São muitas imagens!!!! Pode demorar para carregar, mas vai valer a pena. )

- A coisa estranha submarina



Esta coisa estranha surgiu em 11 de junho, quando uma agência da marinha japonesa publicou as fotos da bizarra criatura das altas profundidades. Os pesquisadores do Japão acreditam que isso aí seja algum tipo de água-viva ainda desconhecida. O bicho foi visto e fotografado a 7.217 metros abaixo do nível do mar. Assustadoramente esquisito.

Vem MUITO mais aí.



- A água viva gigante



As águas vivas são animais comuns nas altas profundidades porque elas tem o corpo 99% feito de aágua. Com isso não sofrem problemas de pressão. Como a maioria são animais primitivos que já existiam antes dos olhos virarem itens de série nos seres vivos macroscópicos, as águas vivas não costumam enxergar. A maior água-viva conhecida até o momento é a Nomura Jellyfish, que passa dos 2 metros e dos 200 kg facil. Em algumas épocas do ano, essas águas-vivas imensas são trazidas para a costa do japão por correntes marinhas do ártico. Essas águas vivas são uma praga, pois matam os peixes, deixando os pescadores em maus lençóis. Atualmente, são estudadas pelos cientistas que querem compreender melhor o muco. (Sim, o muco, a baba, a gosma, o cuspe do alien…) desculpe, me empolguei.

-O esquisito



Existem também criaturas completamente estranhas. Os cientistas precisam estudá-las melhor para identificar que tipo de animais são. Aqui está um exemplo. Eu batizaria isso de “transformer centauro do mar”.

Outras são absolutamente transparentes. Eu não sei o que é este animal. parece um pepino do mar de cristal.



E os peixes com cara de cachorro?



Sem falar nos bizarrões, como este peixe, conhecido como “o grande engolidor” Ele é praticamente uma boca que nada.





- O Verme bizarro





Vestimentiferan worm é o nome desse tipo de minhoca tubular submarina que foi vista passeando pelos vermes em forma de tubos que habitam o ponto mais profundo do oceano. Um abismo escuro e frio, em que apenas um pedaço oferece condições extremas de vida. Essas minhocas vivem se alimentando do metano proveniente das erupções vulcânicas submarinas que ocorrem numa falha tectônica de 180.000 metros quadrados, lá no fundo, kms baixo da superfície do Oceano Atlântico.-

O Micro-Tubarão



Uma pequena criatura com a cabeça chata e olhinhos verdes foi capturado nas profundezas e agora nada num aquario especial do laboratório de energia natural do Havaí. A criatura não era conhecida até esse ser descoberto e está sendo chamada de micro-tubarão. Acredita-se que seja alguma sub espécie de tubarão aparentado com o tubarão-gato, que é também raro. Até hoje só dois foram vistos. Este bichinho foi encontrado a 914 metros e profundidade. Ele tem o corpo semi-transparente e nada como um tubarão normal. Legal. Só não sei se morde.
– A Minhoca Peluda



Esta bela e nauseabunda minhoca peluda é uma das bizarras criaturas que habitam aquele lugar onde o sol não brilha. Trata-se de um ser que é formado por multiplos indivíduos, como a estrela do mar. O nome desse treco do pesadelo é Genus Erenna, e fica rastejando lá no fundo. Só pode ser visto de submarino. (ainda bem!)-

A Lula Bizarra



Parece até uma cena de 20.000 léguas submarinas, mas não é. Esta estranha lula gigante foi vista e filmada dando um rolé submarino a 4.735 metros de profundidade. As lulas são grandes predadoras das baixas profundidades. Esta aí tem 7 metros só de cabeça e comeria um ser humano fácil, fácil. Sabe onde foi vista? Na costa do Brasil! Esta espécie de lula não era conhecida e de acordo com os especialistas ela tem características incomuns, que desencaixam-na dos grupos conhecidos de cefalópodes. Até esta aí surgir, acreditava-se que lula grande e bizarra fosse a lula gigante (que anteriormente era considerada uma lenda, chaada de kraken), Olha só o tamanho de um FILHOTE:



Mas ao que parece há um manancial enorme de bichos bizarros e gigantes por aí. A lula que não foi capturada, só registrada em video, não tem nome e está sendo estudada ainda.
– A Lula porquinho



Muito doida esta lula. Ela tem a cara de um porquinho mesmo. Foi fotografada na costa da Nigeria por Alan Kinnear para um concurso internacional de fotos submarinas.

- O peixe-víbora



Este tipo de peixe é um clássico das escuras e frias águas abissais.

- A Lula pintada



Esta espécie de lula foi descoberta recentemente.

- O Caranguejo aranha



Eu já estava sentindo falta dos “crustaceos grotescos”. (bom nome para uma banda, hein?)

Tubarão Demersal



Fazendo uma boquinha aqui. Ele come um peixe-cachorro.

Peixe sapo -



Um peixe muito feio. Mas curioso.

Polvo luminoso -



Este estranho polvo luminoso foi visto nadando em busca de comida. O polvo fica aceso porque assim ele atrai comida facilmente. (mas também predadores, como tubarões e lulas) Até então não se conhecia um polvo totalmente bioluminiscente. Ele ainda tem uns chifrinhos.

Água-viva lanterna vermelha



- Este bicho parece uma daquelas lanternas chinesas. Bonito.

Lula Cokatoo -



Esta lula minúscula pode mudar de cor e brilho saindo do transparente até o verelho luminoso. Ela tem um ponto altamente refexivo sob o olho, para dificultar a visão dos predadores, que só descobrem o que é aquilo quando estão prestes a ser comidos. Engehoso.

Vermes gigantes





– Essas coisas ficam nas altas profundidades, filtrando a água das fontes termais em busca de metano. Eles atingem 2m de altura e vivem em gigantescas colônias a 1800/2800 metros de profundidade.

Anglerfish – Este tipo de peixe monstro é comum nas baixas profundidades. Ele varia asustadoramente de forma. Este é o Anglerfish fantasma.



Ele tem uma “vara de pescar” que emite bioluminiscência para atrair os infelizes bichinhos para a boca do peixão. Este aí é transparente. Mas tem outros. Confira alguns bizarros anglerfishes:

Alnglerfish Football



- Ele ocorre ente 1000 e 4000 metros e as fêmeas podem passar de 45 cm. Esses peixes aumentam de tamanho quando engolem uma presa. Curioso.



Anglerfish horrendo do pesadelo maldito



– Esse eu batizei. Ainda é desconhecido. Tá sem nome, eu vou lá e PLEI!

Snailfish



- Este estranho peixe serpentiforme tem poros ultra-sensíveis em sua cara que permitem detectar presas e predadores na escuridão. Ele é um peixe que passa dos mil metros de profundidade. 2997 metros de profundidade.

Grande vermelha



Este è o nome dessa água viva, que tem 1m de diâmetro e foi vista a 1500m abaixo do nivel do mar. Ela não é transparente como de costume, além disso tem poucos e grossos tentáculos que prendem o peixe segurando-o com a força bruta. Esta água viva não queima. Ela é tão bizarra e diferente das demais, que os cientistas resolveram criar um subfamília o só pra ela.

Dançarina espanhola



– Que nome doido. E o bicho é mais doido ainda. Ela nada se rebolando toda. E o pior não é isso. Quando atacada a Dançarina espanhola arranca a saia e joga para trás, confundindo o inimigo. (verdade!) A “saia” é uma pele comprida e brilhante com centenas de pontinhos luminosos.

Agua-viva – Ufo ou Benthocodon -



É o nome desta água viva, que realmente parece um disco voador. Muito doido.

Polvo de vidro -



É um polvo totalmente transparente, que usa a falta de cor como meio de se camuflar na escuridão.

Esponja bola verde



- è uma esponja marinha cor de kriptonita que ocorre entre 10 e 1200 metros de profundidade

Borboleta escalafobética submarina -



Este è um bicho desconheicido, ainda sem nome, então eu tomei a liberdade de dar este nome pra ela. Bonita né? Tem 25 cm e foi encontrada a 1800 metros de profundidade

Peixe dragão -



Horrendamente feioso. Ele aparece entre 200 e 1500 metros no fundo do mar. Detalhe para a mãozinha que fica ali para empurrar o peixinho bocó na direção da boca.

Beijinho submarino -



Esta eu também tive que batizar, porque é uma coisa desconhecida da ciência, ainda sem nome. A coisa parece uma boca. Surgiu a 200 metros e tem 2 cm. Legal para ter no aquário.

Polvo telescópio



- Este é um polvo transparente que tem os olhos protuberantes. Doidão.

Esponja árvore de ping-pong -



Acredite, essa é o nome mesmo. Eu não batizei. É uma esponja rara recém descoberta que mede 50cm e ocorre em 2600m a 3000m de profundidade. Lindo.

Lula do olho preto -



Ocorre em 2500m e tem mais ou menos meio metro. Eu chamaria ela de lula do véu de estrelas. Mais apropriado e poético, né?

Peixe fantasma -



Sai pra lá exu! Este peixinho é feio que dói. Ocorre entre 400 e 2500 metros e mede 25cm.

Polvo sugador brilhante -



Esse até parece uma saia Balonê do Clodovil. Ele também é luminoso.

Peixinho olhudo.



Ele se chama Slender Blacksmelt e aparece a incríveis 7700m de profundidade! Não sei pra que olho nessa profundidade, meu. Ele tem 20cm

Coisa bizarra que se chama Munnopsis



- Fala sério. Isso só pode ser erro da matrix. Que merda de bicho doido, meu. Parece uma epsécie de luva-deus marinho. Ele aparece se você descer a 3000 metros. Pernas de 15cm e corpo de 1cm.

Igualmente estranha é a água-viva balãozinho, que além de tudo é vesguinha.



Marrus Orthocanna - Um Sinóforo, esta bela obra de arte poderia estar numa galeria. Mas não, ela está na escuridão total do abismo, a 3000 metros de profundidade. Mede 45cm.







Merthensia Ovum -



Linda coisa meio sem forma. Não sei dizer o que é, mas mede 8cm. Parece o teto da boate que eu vejo quando eu estou bêbado.

Pele e osso -



O nome deste animal incrível é Thalassenchelys Coheni. Quem gosta de peixe não vai curtir. Esse é pele e osso. Parece até um pente. Sua pele é totalmente transparente.

Annelida pollinoidae -



Uma espécie de barata que só tem perninhas. (para todos os lados) Ela é microscópica e surge a partir de 1600 metros de profundidade. A profundidade máxima dela é o fundo. Vc pensa que isso é feio? Não… Feio é este aqui:



Uma larva micrsocópica de nereis vsita no microscópico eletronico. (graças a Deus eu sou um ser macroscópico)



Olha só a beleza deste intrincado padrão matemático que reveste um raríssimo Radiolarian Aulosphaera. Foto de microscópio de um animal invisível de 5000 metros de profundidade.



A 2000 metros de profundidade você pode dar de cara com um peixe desses. Este è um Mictophid Lantern.



Tem também peixes como esses, que parecem aviõezinhos. Os bichos dessa foto são o Ciradis Urchin (o ouriço) e Chimera monstrosa(os peixes-avião)

- O sorriso cínico de Lula



Parece até manchete de coluna política. Mas o fato é que uma raríssima lula com um sistema de dentes similar aos dentes humanos foi encontrada a 2000 metros de profundidade no Atlântico Sul. Ela mede 25mm.

Quase o tamanho de um ouriço jovem. Quando filhotinhos, os ouriços são tão pequenos que a larva só pode ser vista em microscópio. Mas eles crescem rápido, e tem uma grande variação de tipos, cores e formas.











































Os ouriços são animais meio aparentados com as estrelas do mar, pelo menos no esquema da alimentação. Quando eles perdem os espinhos ficam bonitos também. Saca só:



Eles também variam bastante.

As estrelas do mar são animais que vão a todas as profundidades.



Esta aqui é uma estrela do mar filamentosa. Com pernas (cada perna é um indivíduo completo) quase tão finos quanto um fio de cabelo. Mas elas variam muito de forma, tamanho e numero de tentáculos.