A raia é um peixe bentónico que habita fundos arenosos. O mar remansoso de Inverno, quando já a mudança do
Equinócio se prolonga, provoca o surgimento perto da costa de algumas espécies comuns de raias que geralmente a
maior parte do ano se refugiam em águas mais profundas e que não estão ao alcance de um pescador de costa.
ESPÉCIES MAIS COMUNS
Raia Pontuada/raia comum ( Raja Brachyura) : Frequente nas nossas águas, pode atingir profundidades até aos 100
metros. Tem um tamanho médio de 80 a 90 cm e um máximo de 120 cm. Possui uma pele grossa, áspera, de
coloração castanha avermelhada e na parte inferior uma coloração rosada esbranquiçada. Desova entre Fevereiro e Agosto
e a eclosão da larva completa-se num período de 7 meses. Daí a designação de as raias neste período serem
avermelhadas ou “menstruadas” na gíria popular, pelo que não se devem comer nesta altura do ano. Nos
exemplares jovens há-de reparar que a parte inferior de uma raia se assemelha á cara de uma criança. Há
pescadores na zona do Mediterrâneo que as secam e empalam em estacas para procurar assustar quem passa….
Raia–lenga (Raja clavata): Esta espécie também chamada raia de espinhos, é a raia mais comum das águas
Europeias. É um membro da família dos raiídeos que vive no fundo do mar a profundidades de 10 a 60 metros e que deve
o seu nome aos numerosos espinhos que possui na cauda, dorso e barbatanas peitorais. Os exemplares mais jovens
vivem em águas superficiais e alimentam-se de pequenos crustáceos. Á medida que vão crescendo, deslocam-se para
águas mais profundas e começam a alimentar-se de presas maiores, tais como caranguejos e peixe. Crescem até aos
18 kg. A cor da raia–lenga é muito variável, mas a maior parte dos exemplares são castanhos mosqueados. A
sua presença na costa Portuguesa é ocasional. Raia manchada (Raja montagui): Tal como a raia-lenga, a manchada é
um membro europeu da família dos raídeos. Vive em águas mais profunda do que a sua congénere, preferindo os 60 a
120 metros, e é um peixe mais pequeno com um peso máximo que ronda os 3,8 kg. Tem um tamanho máximo de 80
cm e a sua dieta alimentar consiste sobretudo em crustáceos mas também come peixe-miúdo. É uma espécie
frequente das nossas águas. Raia de dois olhos ( Raja naevus): Uma das raias mais facilmente identificáveis, de cor
amarelada apresenta uma mancha redonda em cada asa dando a semelhança de serem dois olhos. Habita
profundidades desde os 30 a 150 m. Um peso médio que ronda as 900gr ao 1,800 kg. Frequente nas nossas águas
alimenta-se de pequenos crustáceos, minhocas e pequenos peixes
DISTRIBUIÇÃO
O mar remansoso de Inverno, quando já a mudança do Equinócio se prolonga, provoca o surgimento perto da costa de
algumas espécies comuns de raias que geralmente a maior parte do ano se refugiam em águas mais profundas e que
não estão ao alcance de um pescador de costa.
ALIMENTAÇÃO
Crustáceos, pequenos peixes, lulas etc.
REPRODUÇÃO
Durante os meses de Outubro, Novembro e Dezembro começa a dança nupcial de enormes cardumes que se juntam em
zonas dunares onde existam praias abertas com poços fundos O seu acasalamento e eclosão dos ovos pode variar de
espécie para espécie, mas podemos afirmar que é durante os meses de Dezembro até Maio e durante a primavera,
que as “bolsas de sereia”, designação dada aos ovos das raias eclodem. Estas bolsas são cápsulas
oblongas com os chifres apontados duros nos cantos e depositados em planos arenosos ou enlameados. Cerca de
80/154 ovos são colocados por um indivíduo num ano.
Eu amo o fundo do mar..e todos os animais que nele habitam...lindas imagens!....
ResponderExcluir